sábado, 29 de diciembre de 2012

O mundo nao acabou


O mundo não acabou


Pode ser que o mundo acabe entre hoje (segunda, dia em que escrevo) e quinta, 27, dia em que seria publicada esta coluna. Em tese, eu não devo me preocupar: meu título não será desmentido --pois, se o mundo acabar, não haverá mais ninguém para verificar que eu me enganei.
Tudo isso, em termos, pois o fim do mundo esperado (mais ou menos ansiosamente) por alguns (ou por muitos) não é o sumiço definitivo e completo da espécie. Ao contrário: em geral, quem fantasia com o fim do mundo se vê como um dos sobreviventes e, imaginando as dificuldades no mundo destruído, aparelha-se para isso.
Na cultura dos EUA, os "survivalists" são também "preppers": ou seja, quem planeja sobreviver se prepara. A catástrofe iminente pode ser mais uma "merecida" vingança divina contra Sodoma e Gomorra, a realização de uma antiga profecia, a consequência de uma guerra (nuclear, química ou biológica), o efeito do aquecimento global ou, enfim (última moda), o resultado de uma crise financeira que levaria todos à ruina e à fome.
A preparação dos sobreviventes pode incluir ou não o deslocamento para lugares mais seguros (abrigos debaixo da terra, picos de montanhas que, por alguma razão, serão poupados, lugares "místicos" com proteção divina, plataformas de encontro com extraterrestres etc.), mas dificilmente dispensa a acumulação de bens básicos de subsistência (alimentos, água, remédios, combustíveis, geradores, baterias) e (pelo seu bem, não se esqueça disso) de armas de todo tipo (caça e defesa) com uma quantidade descomunal de munições -sem contar coletes a prova de balas e explosivos.
Imaginemos que você esteja a fim de perguntar "armas para o quê?". Afinal, você diria, talvez a gente precise de armas de caça, pois o supermercado da esquina estará fechado. Mas por que as armas para defesa? Se houver mesmo uma catástrofe, ela não poderia nos levar a descobrir novas formas de solidariedade entre os que sobraram? Pois bem, se você coloca esse tipo de perguntas, é que você não fantasia com o fim do mundo.
Para entender no que consiste a fantasia do fim do mundo, não é preciso comparar os diferentes futuros pós-catastróficos possíveis. Assim como não é preciso considerar se, por exemplo, nos vários cenários desolados do dia depois, há ou não o encontro com um Adão ou uma Eva com quem recomeçar a espécie. Pois essas são apenas variações, enquanto a necessidade das armas (e não só para caçar os últimos coelhos e faisões) é uma constante, que revela qual é o sonho central na expectativa do fim do mundo.
Em todos os fins do mundo que povoam os devaneios modernos, alguns ou muitos sobrevivem (entre eles, obviamente, o sonhador), mas o que sempre sucumbe é a ordem social. A catástrofe, seja ela qual for, serve para garantir que não haverá mais Estado, condado, município, lei, polícia, nação ou condomínio. Nenhum tipo de coletividade instituída sobreviverá ao fim do mundo. Nele (e graças a ele) perderá sua força e seu valor qualquer obrigação que emane da coletividade e, em geral, dos outros: seremos, como nunca fomos, indivíduos, dependendo unicamente de nós mesmos.
Esse é o desejo dos sonhos do fim do mundo: o fim de qualquer primazia da vida coletiva sobre nossas escolhas particulares. O que nos parece justo, no nosso foro íntimo, sempre tentará prevalecer sobre o que, em outros tempos, teria sido ou não conforme à lei.
Por isso, depois do fim do mundo, a gente se relacionará sem mediações --sem juízes, sem padres, sem sábios, sem pais, sem autoridade reconhecida: nós nos encararemos, no amor e no ódio, com uma mão sempre pronta em cima do coldre.
E não é preciso desejar explicitamente o fim do mundo para sentir seu charme. A confrontação direta entre indivíduos talvez seja a situação dramática preferida pelas narrativas que nos fazem sonhar: a dura história do pioneiro, do soldado, do policial ou do criminoso, vagando num território em que nada (além de sua consciência) pode lhes servir de guia e onde nada se impõe a não ser pela força.
Na coluna passada, comentei o caso do jovem que matou a mãe e massacrou 20 crianças e seis adultos numa escola primária de Newtown, Connecticut. Pois bem, a mãe era uma "survivalist"; ela se preparava para o fim do mundo. Talvez, junto com as armas e as munições acumuladas, ela tenha transmitido ao filho alguma versão de seu devaneio de fim do mundo.
Contardo Calligaris
Contardo Calligaris, italiano, é psicanalista, doutor em psicologia clínica e escritor. Ensinou Estudos Culturais na New School de NY e foi professor de antropologia médica na Universidade da Califórnia em Berkeley. Reflete sobre cultura, modernidade e as aventuras do espírito contemporâneo (patológicas e ordinárias). Escreve às quintas na versão impressa de "Ilustrada".

lunes, 3 de diciembre de 2012

UM MEIO OU UMA DESCULPA


UM MEIO OU UMA DESCULPA
"Não conheço ninguém que conseguiu realizar seu sonho, sem sacrificar feriados e domingos pelo menos uma centena de vezes.
Da mesma forma, se você quiser construir uma relação amiga com seus filhos, terá que se dedicar a isso, superar o cansaço, arrumar tempo para ficar com eles, deixar de lado o orgulho e o comodismo.
Se quiser um casamento gratificante, terá que investir tempo, energia e sentimentos nesse objetivo.
O sucesso é construído à noite!
Durante o dia você faz o que todos fazem.
Mas, para obter um resultado diferente da maioria, você tem que ser especial.
Se fizer igual a todo mundo, obterá os mesmos resultados.
Não se compare à maioria, pois, infelizmente ela não é modelo de sucesso.
Se você quiser atingir uma meta especial, terá que estudar no horário em que os outros estão tomando chope com batatas fritas.
Terá de planejar, enquanto os outros permanecem à frente da televisão.
Terá de trabalhar enquanto os outros tomam sol à beira da piscina.
A realização de um sonho depende de dedicação, há muita gente que espera que o sonho se realize por mágica, mas toda mágica é ilusão, e a ilusão não tira ninguém de onde está, em verdade a ilusão é combustível dos perdedores pois...
Quem quer fazer alguma coisa, encontra um MEIO.
Quem não quer fazer nada, encontra uma DESCULPA."
Roberto Shinyashiki

lunes, 26 de noviembre de 2012

Como desligar o Espelho preto que carregamos no bolso


Como desligar o espelho preto que carregamos no bolso

  • 18 de novembro de 2012|
  •  
  • 18h00|
  • Por Alexandre Matias
Fixados à tela, fingimos que nada mais importa
O jornalista, diretor e comentarista inglês Charlie Brooker é uma das melhores cabeças do Reino Unido no século 21. Conhecido por seus comentários ácidos sobre mídia, ele ataca principalmente a televisão em séries produzidas pelos diferentes braços da emissora estatal BBC. No fim da década passada, os episódios de Newswipe, Screenswipe e Gameswipe (sobre, respectivamente, notícias, cinema e videogame) culminaram na série How TV Ruined Your Life (Como a TV Arruinou a Sua Vida, com episódios sobre medo, amor, conhecimento, progresso, aspirações e o ciclo da vida), de 2010. Em 2008, ironizou os reality shows e a mania de zumbis com Dead Set e no fim do ano passado dedicou-se à ridicularizar nossa obsessão pela tecnologia em Black Mirror.
São três histórias independentes que abordam os efeitos que a tecnologia causa ao comportamento humano se a compararmos com uma droga. “Black mirror” é o espelho preto que nos observa e observamos toda vez que uma tela é desligada. Desligamos a TV, o celular, o computador e vemos o nosso próprio rosto em diferentes dimensões, em molduras escurecidas que parecem espelhos em negativo do eu de cada um, como uma espécie de retrato de Dorian Gray de nossos sentimentos.
Desligamos aparelhos e nos vemos mirando para um vazio emocional que parece um abismo, anseios e esperanças refletidos do avesso, mas, ao contrário não é o monstro nietzscheano nos olhando de volta, o desconhecido consciente. É apenas um vazio, como se estivéssemos nos tornando robôs, fazendo o caminho inverso de Roy Batty em Blade Runner.
Não culpe o digital: a tela preta já nos hipnotizava desde os primórdios do cinema e passou a nos refletir a partir da televisão. O computador funcionou como um grilhão da mesa de escritório, uma prisão em forma de horas de trabalho, cuja ilusão de liberdade veio com a chegada dos smartphones.
E chegamos à segunda década do século sem nem sequer olharmos na cara um do outro. Se antes do smartphone uma mesa de bar já poderia criar círculos paralelos de conversa graças à telefonia móvel, com a internet à mão reuniões, encontros e refeições são celebrações de um individualismo autista, em que os presentes fingem presença mas fogem momentaneamente para a porta de entrada de seu umbigo, na palma de sua mão. Fingimos checar as horas e responder um SMS quando, na verdade, estamos vendo reações ao que fizemos nas redes sociais. O espelho negro só reflete aquilo que consideramos “vida” – todo o resto fingimos que não importa não existe, não está lá.
Por isso sonho com um restaurante cujo luxo é não ser interferido por ninguém mexendo no celular. Da mesma forma como deixamos o carro no manobrista ou os sapatos na porta de entrada, poderíamos ter a opção – mesmo que na marra – de deixarmos nossos celulares antes de comer. O restaurante me parece a opção mais viável, mas poderia ser uma academia de ginástica ou uma casa de shows. Nada de fotos, SMS, ligações, redes sociais, notícias, vídeos ou jogos – ficaríamos à disposição daquilo que é nos oferecido. Que, por isso, receberia maior cuidado e atenção.
Acho que isso é uma utopia possível, mas não vejo como regra. Da mesma forma que há restaurantes que não contam com TVs em suas paredes (ainda bem!), cogito a possibilidade de que haja outros que nos despluguem da matrix, mesmo que por algumas horas, para nos conectarmos à vida de fato.
***
Esta é a primeira coluna que assino depois de deixar o Link – a partir de hoje, começo uma nova jornada, no comando da redação da revista Galileu, da editora Globo. Troco de pontes (do Limão para o Jaguaré), de marginais (do Tietê para o Pinheiros) e de foco (de tecnologia para ciência), por isso deixo a análise das notícias em segundo plano e passo a dar ênfase à forma como a tecnologia mexe em nossa cultura.
* Alexandre Matias é diretor de redação da revista Galileu –revistagalileu.globo.com.

martes, 20 de noviembre de 2012

Censo 2012

Aqui un enlace para ver la boleta censal:

http://www.ine.gob.bo:8081/censo2012/pdf/BoletaCensal2012.pdf


Sugerencia

Al ser tan extensa la BOLETA CENSAL y con pregunta tan SIMILARES

Considero bueno imprimir y llenar en familia para cuando llegue el CENSADOR
este todo concluido

Terminaran más rápido con él ayudándole en su trabajo y contestando con menos posibilidad de errores.

martes, 13 de noviembre de 2012


Un poco de Historia
H:.Antonio Las Heras - Argentina

2 DE NOVIEMBRE. DIA DE LOS FIELES DIFUNTOS. El Día de los Fieles Difuntos es un tanto más tardío y no se originó en Roma, sino en Francia: comenzó en el Gran Monasterio de Cluny, el 2 de noviembre de 998, cuando san Odilo, su quinto abad, decidió rezar por el descanso de "todos" los muertos.
Hasta allí, en Cluny, se estilaba celebrar los "psalmi familiares", o preces por los protectores laicos, vi
vos o difuntos, pertenecientes a los linajes aristocráticos europeos, porque esto favorecía las donaciones de los poderosos, muchos de los cuales formaban parte de la orden. Lo que hizo san Odilo fue "democratizar" los psalmi, extendiéndolos un día al año a todos los finados, pobres incluidos.
La iniciativa caló profundamente en Francia, pero Roma recién la adoptó en el siglo XIV y gradualmente se expandió a toda la Iglesia: en el siglo XV llegó a España y de allí pasó a América, donde se entroncó con las tradiciones indígenas.
Bastante después, el papa Benedicto XV (1914-1922) les dio a los curas la posibilidad de ofrecer tres misas el 2 de noviembre: una por las pobres ánimas, otra por las intenciones del Papa y la otra por las intenciones del sacerdote.
Cabe distinguir que si el 1 de noviembre los católicos les rinden culto a todos los santos, el 2 de noviembre rezan por todos los difuntos, pero no les rinden culto, porque la Iglesia no le rinde culto a la muerte.
Para comprender esto, valga aclarar que coexisten en ella tres estados: la Iglesia Peregrina, constituida por los que están vivos; la Iglesia en Purgatorio, conformada por los difuntos que aun no han ido al cielo y por los que se ora el 2 de noviembre, Día de Todos los Muertos; y la Iglesia Triunfante, glorificada y en el cielo, que son los santos que se memoran el 1 de noviembre.
Pero hace 3.000 años, tanto en la Europa Celta como en la América Precolombina, era al revés: se les rendía culto a los muertos, no a los santos, aun inexistentes y, en Mesoamérica (Aztecas, Mayas, Purépechas, Nahuas y Totonacas), conservaban los cráneos como trofeos y los mostraban durante los rituales que simbolizaban la muerte y el renacimiento.
El festival que luego se convirtió en el Día de los Muertos caía en el noveno el mes del calendario solar azteca, cerca del comienzo de agosto; era presidido por el dios Mictecacíhuatl o Dama de la Muerte; y se lo celebraba durante un mes completo,
pero, cuando los conquistadores llegaron a América en el siglo XV, movieron el festival a inicio de noviembre, para que coincidiese con las celebraciones católicas del Día de Todos los Santos y de Todos los Muertos.
En Argentina, el 1 de moviembre se va a la Iglesia y el 2 de moviembre al cementerio; en cambio, en México, ambas fechas se conjugan porque se cree que las almas de los niños regresan el 1 de noviembre, y las de los adultos, el 2 de noviembre.

sábado, 3 de noviembre de 2012

Las preguntas de mi hijo

Mi hijo, Rodrigo, que esta en kinder hace su tarea. Que coincide con la fecha, día de finados. Y la asignación era un dibujo de una mesa. Lo que se acostumbra en el collao.
Y me pregunta sobre los gusto de cada uno de lo abuelos muertos. Y yo que me crié en Puerto Suárez, no conocía ni se hacían mesas para los difuntos. Me di cuenta que ya no pensamos en nuestros seres fallecidos y menos en lo que les gustaba comer o tomar.
Más bien solo recordamos de momentos específicos. De la manera que nos queremos acordar de todas las personas queridas que ya se fueron de esta, para una mejor.
Eso si, siempre los recuerdo.

miércoles, 3 de octubre de 2012

Dandome una vueltita por el ciberespacio, cosa rara dizque, me encontre con esta pagina.
Para tomar en cuenta:

Noticias actualizadas de las provincias
(vivirenvallegrande.com)

jueves, 27 de septiembre de 2012

“Hijo es un ser que Dios nos prestó para hacer un curso intensivo de cómo amar a alguien más que a nosotros mismos, de cómo cambiar nuestros peores defectos para darles los mejores ejemplos y, de como aprender a tener coraje. Sí.

¡Eso es! Ser madre o padre es el mayor acto de coraje que alguien pueda tener, porque es exponerse a todo tipo de dolor, principalmente de la incertidumbre de estar actuando correctamente y del miedo a perder algo tan amado.

¿Perder? ¿Cómo? ¿No es nuestro? Fue apenas un préstamo...

EL MÁS PRECIADO Y MARAVILLOSO PRÉSTAMO ya que son nuestros sólo mientras no pueden valerse por sí mismos, luego le pertenecen a la vida, al destino y a sus propias familias.

“Dios bendiga siempre a nuestros hijos pues a nosotros ya nos bendijo con ellos.”

JOSE SARAMAGO



lunes, 26 de marzo de 2012

No fim das contas, o que é economia verde? - Terra - Amália Safatle

A economia é vista como o grande sistema, que entende o ambiente como mero provedor de recursos

No fim das contas, o que é economia verde? - Terra - Amália Safatle

Amália Safatle
De São Paulo

"Economia verde" entrou no rol das expressões cada vez mais faladas - mas muito pouco consensuadas - dando margem para que a cada hora surja uma interpretação, conforme a conveniência dos interlocutores.

Sendo economia verde um dos dois grandes temas da Rio+20, a conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável - o outro tema é governança -, buscar um entendimento mínimo sobre o seu significado é um passo elementar para que se possa esperar do encontro algum resultado objetivo.

Vamos começar pela definição que o próprio Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas (Pnuma) cunhou:

"Uma economia que resulta em melhoria do bem-estar da humanidade e igualdade social, ao mesmo tempo em que reduz significativamente riscos ambientais e escassez ecológica. Em outras palavras, uma economia verde pode ser considerada de baixa emissão de carbono, é eficiente em seu uso de recursos e socialmente inclusiva".

Temos aí os seguintes elementos: economia de baixo carbono, eficiência energética e nos processos produtivos, e igualdade e inclusão social.

Assim, bastaria lançar mão da tecnologia para descarbonizar e otimizar processos para chegar à tal economia verde, que ganha da ONU o adendo de "inclusiva". Neste mundo mágico, bastaria minimizar riscos ambientais para que a economia consiga incluir socialmente os menos favorecidos ao mesmo tempo em que dribla a escassez ecológica.

Por que "mundo mágico"? Porque não corresponde à realidade possível. Cada ala da sociedade construiu uma ficção na qual se aninha e busca algum conforto - quando na verdade é necessária uma reforma profunda, desconfortável e até dolorosa no sistema econômico, se quisermos de alguma forma buscar a maior duração da vida na Terra, incluindo a espécie humana.

Mas Connie Hedegaard, comissária europeia para a ação pelo clima, chegou a publicar um exclamativo artigo intitulado "Cresçamos todos de maneira sustentável!" (no Estadão). Para começar, o artigo é impreciso: "todos" quem, cara pálida?

Como já desenvolvido nesta coluna, com base nas explicações do professor José Eli da Veiga, da FEA-USP, para que as populações pobres tenham a chance de usar o crescimento para resgatar seu imenso passivo social, é preciso que as ricas abram espaço ecológico, buscando maneiras de prosperar sem crescimento econômico. Só assim haverá alguma chance de a conta única do planeta fechar. Assim, apenas incluir não é suficiente: é preciso diminuir a disparidade global, com os ricos reduzindo o consumo de energia e recursos naturais para que os pobres possam usufruir do aumento desse consumo. Falar de "economia inclusiva" sem atacar de frente o nó das desigualdades é uma das ilusões do tal mundo mágico.

Outra ilusão é a de que os ricos conseguirão abrir esse espaço ecológico apenas por meio da eficiência e dos avanços ecológicos de uma economia de baixo carbono. Desejável e necessária, a eficiência é, no entanto, insuficiente. Como já apontado diversas vezes pelo professor Ricardo Abramovay, também da FEA-USP, apesar dos sucessivos ganhos de eficiência, as emissões estão aumentando. Para se ter ideia, cada unidade do PIB mundial em 2002 foi produzida com 26% menos recursos materiais que em 1980. Mas apesar disso, o consumo absoluto dos recursos cresceu 36% no período.

Aliado ao aumento do PIB mundial, o que se chama de "efeito ricochete" é uma das explicações para esse fenômeno: a poupança obtida com o ganho de eficiência acaba sendo usada em outros tipos de consumo, anulando ou até ultrapassando o que havia sido poupado em termos de recursos. Ou seja, a tecnologia, embora importante, sozinha não é salvadora.

A conclusão disso tudo é o que vem sendo alertado por diversos cientistas e por muito poucos economistas: a economia deve passar a ser administrada como um subsistema do sistema social - uma vez que existe para servir à sociedade e ao bem-estar das pessoas (e não ao contrário, é sempre bom lembrar). E este subsistema social, por sua vez, deve passar a ser visto como subsistema de um sistema maior, que é o ambiente de que fazemos parte.

Economia verde, portanto, seria aquela que existe para servir às necessidades da sociedade, mas desde que caiba nos limites circunscritos pelo sistema natural.

Vejam que nossa forma de organização é justamente a inversa: a economia é vista como o grande sistema, que entende o ambiente como mero provedor de recursos, e a sociedade como mão-de-obra trabalhadora e massa de compradores para fazer girar a roda de produção e consumo, por meio de processos que levam a uma acumulação de bens e um acesso a oportunidades desiguais e injustos.

Não é por menos que vivemos ao mesmo tempo uma crise ambiental, social e econômica de grandes proporções. A Rio+20 é a oportunidade para acabar com essa inversão de valores que resulta em crises, em vez de reforçá-la.

Amália Safatle é jornalista e fundadora daPágina 22, revista mensal sobre sustentabilidade, que tem como proposta interligar os fatos econômicos às questões sociais e ambientais.

Opiniões expressas aqui são de exclusiva responsabilidade do autor e não necessariamente estão de acordo com os parâmetros editoriais de Terra Magazine.

jueves, 26 de enero de 2012


Andrés Gómez

GOMEZ VELACuando Dios echó al mundo a Caín, en realidad lo condenó al mestizaje, a mezclarse con sus semejantes de su especie, pero de otra cultura. Y cuando los tres hijos de Noé, Sem, Cam y Jafet, se repartieron por la tierra, tras el diluvio, en realidad tomaron el destino del mestizaje, que terminó de realizarse con la Torre de Babel.
Y si no cree en el origen bíblico, la ciencia estableció que la cuna de la humanidad es África y la madre de todos los seres humanos, una mujer negra, cuyos hijos se lanzaron a conquistar el mundo, a diferenciarse, a producir culturas, lenguas, etc. Siglos después, aquellos que habían salido de una casa inventaron medios de comunicación y se volvieron a encontrar, ya sea en el comercio o la guerra, dos espacios esenciales del mestizaje.
Cásese con la teoría que usted quiera, el ser humano que habita estas tierras (Abya Yala, América, Amérrika, llámelas también como quiera) es resultado de ese origen mestizo, ya sea divino o científico. Aquí van algunos datos.
El primer imperio de la Humanidad, comandado por Alejandro El Magno, conquistó a casi todos los pueblos del mundo conocido de entonces, por tanto, los sometió al mestizaje.
La historia, que narra las guerras y las transacciones comerciales entre persas, lidios, egipcios, sumerios, griegos, cuenta, en realidad, la mezcla de culturas.
Vayamos más de prisa, Roma tomó toda la Europa continental, donde está Iberia, hoy España, a donde premió con tierras a miles de sus soldados. Ahí está Mérida, una ciudad con una gran herencia romana, de donde partieron los conquistadores, entre ellos Francisco Pizarro, quien nació en Trujillo, Extremadura, donde no sólo se asentaron visigodos y romanos, sino musulmanes. Éstos se quedaron casi 800 años, hasta que los expulsaron los reyes católicos, Isabel y Fernando, quienes luego financiaron el viaje del italiano Cristóbal Colón. El latín, lengua romana, dio origen al español y el árabe legó muchos vocablos que comienzan con “al” (albañil, alcantarillado, almohada, etc.), además de la palabra ojalá, que deriva de la expresión ¡Oh Alá!
Pizarro y sus amigos ya vinieron mestizos y se encontraron con los incas, quienes por entonces habían sometido a casi todos los pueblos de esta parte del mundo, entre ellos a los aymaras, obligándolos a asumir su cultura y su idioma; si no lo creen pregunten a los pueblos ecuatorianos, que hablan quichua por obligación y no sienten ninguna simpatía por los incas, o vean la similitud de creencias andinas. Lo propio pasó con Hernán Cortez, otro extremeño que sometió a los aztecas, quienes a su vez habían sometido a los toltecas, chichimecas y otros pueblos de la zona. Los imperios, sean incas, aztecas, romanos, españoles o británicos, han tenido el mismo espíritu: expandirse, sumar una cultura más otra y generar una tercera cultura, en otras palabras, generar procesos de mestizaje.
En resumen, los mestizos españoles llegaron a mezclarse con los mestizos americanos o abya yaleños, quienes además, según la ciencia, tienen herencia asiática, basta ver los rasgos, no por nada mi apodo es chino y mi lengua madre quechua.
¿Dónde está lo originario original (valga la tautología)? ¿En las polleras sevillanas de las paceñas o en las trompetas que alegran a los morenos o en los abrigos de vaquero de los intocables? ¿O en algunas de las caras del Señor del Gran Poder? ¿Dónde? ¿En los hijos de los aymaras, quechuas, guaraníes, mojeños que engendraron hijos en Argentina o España y que muy pronto volverán como hijos de otra cultura? Lo indígena originario, más que la definición fascista de una raza o cultura pura, es una categoría sociopolítica formulada por la teoría y práctica políticas, debido a que había sido marginado de la administración del poder en Bolivia, pero nunca de la historia de la humanidad.
Y ahora, con internet, estamos condenados como Caín a mezclarnos más. ¿Una pruebita? “feisbuqueamuay” (en quechua, háblame por Facebook), le dice la madre a su hija que vive en España.

lunes, 23 de enero de 2012

Masaco de Yuca, con queso

Ayer me anime a sacar el tacu del fondo, ja lleningo e tierra el pobre.  Le di una buena lavada y le meti la yuca que habia comprao mi mujer.  Blandinga, que se deshacia en la boca, y enseñandole a mi hijo la importancia de la yuca blanda y sus bondades.  Sometimos a gran presion fisica y destruyendo la integridad de esa raiz que nos proporciona tan buen alimento, quedo reducida a una masa blanca amorfa, pero deliciosa.  Resultado final una masaquito con queso superior a dracula.  Cafecito y o mate quemao, ya quiero repetir.